domingo, 11 de maio de 2008

Individualidade característica das cidades grandes

Logo nos primeiros anos em que o ser humano passa a ter consciência do que é certo ou errado, bom ou ruim, ganhar ou perder, ele também começa a ser convencido de que precisa crescer e se destacar no meio de tanta gente sem precisar ser conivente com os interesses do próximo. O indivíduo começa, assim, a estudar nas melhores escolas das grandes cidades e passa logo a ter em mente que deve traçar planos e objetivos que torne o futuro confortável e seguro.

Daí inicia a vida profissional e, tudo o que ele recebe, é para ser investido nele próprio, para que se torne cada vez mais qualificado. Torna-se algo comum o indivíduo pensar só em si mesmo, tudo o que se constrói é para seu exclusivo deleite, imaginando que o mundo gira em torno de si, tomando o próprio eu como referência para todas as relações e fatos.

Então, chegamos a um pondo muito preocupante, onde o semelhante não é mais visto como um ser limitado, falho e que, muitas vezes, precisa somente de uma ajuda ou de uma troca de experiência. É comum nas cidades do interior as pessoas serem solidárias. Trabalham geralmente perto de casa ou mesmo em casa, são cidades menores onde todo mundo conhece todo mundo. A violência é menor e existe mais tempo para se estar próximo, pedir aquela velha ajudinha quando falta um alimento. Enquanto nas grandes cidades você nem sempre sabe o nome do vizinho que sobe e desce do seu lado no elevador todos os dias.

Os fatores que nos levam a isso são os mais variados. O egoísmo promovido pelo desenvolvimento do capitalismo que fez acelerar cada vez mais esse processo. No capitalismo, você é obrigado a desenvolver diversas atitudes egoístas e centralizadoras. O EU prevalece sobre a coletividade. Nessa corrida desesperada, todo o ambiente passa a ter seu valor reduzido. Sentimentos, valores não são mais externados, seja por falta de tempo, seja por vício.

Nesse contexto o tempo passa a ter um significado distante da sua essência. Agora, pode-se afirmar que tempo é dinheiro. E que passar horas no trânsito ou no trabalho nos afasta cada vez mais da socialização. Portanto, o número de pessoas que vivem nas grandes capitais tem aumentado de forma acelerada, reforçando a idéia de que viver em harmonia com todos se torna cada vez mais difícil.

14 comentários:

Cacau Paes disse...

É verdade,
a individualidade está cada vez mais presente na vida das pessoas.
As vezes sentimos necessidade de uma atenção, de um simples bom dia, de um abraço apertado. Pessoas correndo de um lado para o outro no seu dia-dia, acabam transformando a vida em algo mecânico, onde trocam os sentimentos por frieza e falta de atenção pelo próximo. Cabe a cada um de nós fazer ou não fazer alguma coisa para mudar isso, cada um fazendo um pouquinho...

Anônimo disse...

Com certeza, o ser humano não compartilha esse elemento valioso que é o tempo.Ninguém tem mais tempo para coisas simples e cotidianas, como uma boa visita de cortezia e um bom bate papo. Tudo isso, a pretexto do puro materialismo, o ter ou não ter; eis a questão!
Tenho dito!

Rafael disse...

Isso é verdade, as pessoas das grandes cidades. Como no caso, que o texto afirma, só que "adiconando" é sobre pessoas que moram em um mesmo condomínio, só que não se conhecem. Creio que às vezes elas até querem comunicar-se, mas o receio de que sejam tratadas com "indiferença" faz com que as mesmas se afastem. Também há outros casos. O capitalismo impulsiona as pessoas a comprar cada vez maise também serem mais competitivas, onde o ditado: "O importante é competir" seja uma mera bobagem.

Ademir disse...

Hummm,texto conhecido hehehe
Sucesso no seu blogger!!!
Abraçao

Nathalya Silva disse...

Muito massa o texto Balbino!
Digno de um bom jornalista!
Que o Rei te abençoe e te ajude a fazer o que é certo!

Cheiro...

Anônimo disse...

Bom texto, Balbino. Uma interessante crônica da vida urbana em cidades mercantis e movidas pela indústria cultural. Vou indicar o blog!

Rebeca Santana disse...

adoreeeeeeeeeeeeei o texto.
esse menino me enche de orgulho. ^^

=***

Anônimo disse...

Oiii querido colega jornalista!!
Adoreiii o seu blog!!
Esse texto ficou ótimo e reflete muito bem o que enfrentamos no dia a dia das grandes cidades!
Parabéns e sucesso!!
Beijossssssss

Luciana Raskolnikov disse...

Em ocas de concreto, em que a vida de um individuo é comboiado sem perspectivas maiores por milhões, dita e reina soberano a voz do capitalismo e toda a sua conjuntura de individualismo e receptividade para o ganho exacerbado... Palavras e trocas comuns são inerentes em casos normais, porém nada executados nos extra normais... Esquecemos de exercer com o tempo algo nato na civilização primitiva, esquecemos de exercer com as pressões sociais a nossa humanidade!!!
Parabéns pelo blog e por este texto
adorei

vinho, literatura e blábláblá...
PS*comente no meu o ultimo texto postado por vanessa bandini... adorarei seu comentario lá... beijo...
http://banzooo.blogspot.com/

Unknown disse...

Individualismo talvez seja até uma doença nos dias atuais... Isso deixa as pessoas cada vez mais distantes uma das outras.
Mas eu queria parabeniza-lo pelo blog e dizer que a marca que fica em cima ficou perfeita, muita massa mesmo!!!
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk...

ate mais!

Anônimo disse...

Que legal gostei do tema, realmente o ser humano anda muito individualista é culpa muitas vezes, da internet. Hoje em dia a vida tornou-se muito digital e imediatista.

Unknown disse...

Eu tenho a impressão de que já li isso antes. Hehe. Que este blog represente apenas um dos muitos trabalhos que te esperam. Sucesso, viu?! Conte comigo sempre!!!! Um beijo.

Anônimo disse...

Bom texto!
É bem verdade que padecemos das consequências do individualismo, que difere do sentido de individualidade. É bem verdade também que esse individualismo é fruto do capitalismo, doutrina que se ismicuiu de maneira tão excelente na sociedade que acabou tornando-se parte da cultura (por enquanto, infelizmente) ocidental...
Porém, também é verdade que, mesmo sofrendo as consequências, nós perpetuamos o individualismo. Deveríamos ter a oportunidade de fazer uma "observação participante" de nosso cotidiano, no intuito de refletirmos sobre nossas ações diárias e começar então a não apenas "reclamar" da situação e sim assumirmos a condição de agentes transformadores ativos da nossa realidade.

Anônimo disse...

Bom texto!
Posso dizer:

No mundo atual, a de políticas descentralizadoras exige a precisão e a definição das condições financeiras e administrativas exigidas. O que temos que ter sempre em mente é que a exclusão dos pontos do programa agrega valor ao estabelecimento do levantamento das variáveis envolvidas. As experiências acumuladas demonstram que o julgamento imparcial das eventualidades afeta positivamente a correta previsão dos métodos utilizados na avaliação de resultados. Nunca é demais lembrar o peso e o significado destes problemas, uma vez que a consolidação das estruturas estimula a padronização do remanejamento dos quadros funcionais.

Não obstante, o fenômeno da Internet deve passar por modificações independentemente das diressões preferenciais no sentido do progresso. Do mesmo modo, o novo modelo estrutural aqui preconizado ainda não demonstrou convincentemente que vai participar na mudança do processo de comunicaçao como um todo. A prática cotidiana prova que a determinação clara de objetivos garante a contribuição de um grupo importante na determinação dos modos de operação convencionais. No entanto, não podemos esquecer que a consulta aos diversos militantes aponta para a melhoria de alternativas аs soluções ortodoxas.

Gostaria de enfatizar que a expansão dos mercados mundiais é uma das consequências dos conhecimentos estratégicos para atingir a excelência. Podemos já vislumbrar o modo pelo qual a necessidade de renovaзão processual oferece uma interessante oportunidade para verificação dos relacionamentos verticais entre as hierarquias.